Um minuto é quanto basta!

Vamos então, reflectir por um minuto, pode ser?
Quanto ao chá, acho que ele fala por si próprio...contudo, porquê afinal a meia-noite e uma? Bom, talvez porque a meia-noite possa simbolizar os tristes eventos que por vezes desfazem a nossa vida. Porque vamos lá, sejamos sinceras, a vida não é propriamente perfeita, aliás bem longe de ser perfeita!...e nós não nos queremos deixar iludir, pois não? Somos por vezes, todas nós pobres cinderelas, forçadas a limpar as nossas próprias casas, a organizarmo-nos sob o capricho e tirania das nossas madrastas (senão alguma das nossas autoridades, mesmo até de nós próprias quando mudamos de repente de personalidade)...e de facto somos óptimas a subjugarmo-nos, quem tiver mais força psicológica, ganha! É assim que funciona o sistema...sempre a mesma lei de sempre...a sobrevivência do mais forte!
Mas possa...por quem nos tomam, não somos nenhuns animaizinhos, sem ofensa a Darwin, mas somos seres inteligentes e com potencialidades altruístas! Não é bem,...ou pelo menos não devia ser, cada um por si e corre quem puder!
Portanto, isto é o que eu defendo: Somos muito melhores que isso e pudemos fazer muito mais! O problema está no pânico que sentimos no momento, no incómodo que gera à inquietação e posteriormente à agressão. Sim, sei que quanto maior uma sociedade mais tendemos a nos despersonalizar...tornamo-nos víboras e queremos primeiro nós e só depois os outros. Estamos tão envolvidos no cenário, que nem nos damos conta do quão infeliz se trata! Se nos conseguíssemos ver num segundo plano, acho que todos nos iríamos rir um bocadinho, ou então não iríamos achar piada nenhuma! Há pouco tempo, enquanto tentava ir para a universidade na hora de ponta (9 horas da manhã), quando toda a gente quer ir para o trabalho e se lembram todos de ir ao mesmo tempo...fui empurrada, quase esmagada no tubo minúsculo do metro de Lisboa. Por segundos pensei que ia morrer, tal como aquelas pessoas em Meca. Ninguém queria saber, o que eles queriam era entrar todos, como se nada fosse mais importante...e é assim que um animal perfeitamente domesticado se torna selvagem! Somos nós, que nos consideramos tão superiores e civilizados. Mas claro que estes pequenos pormenores que podem ter consequências gigantes e catastróficas têm que ser resolvidas por alguém...senão os filósofos, pelo menos pelos psicólogos do ambiente (se não acreditam, tentem falar com o Prof. José Palma da universidade de psicologia de Lisboa, que ele logo vos convence de como isso é possível). Mas enquanto não o fazem, talvez possam considerar em algumas das minhas sugestões, não que sejam as melhores que alguma vez existiram, mas enquanto não há ouro, contentamo-nos com o pouco que temos. Exactamente! Um minuto para pensar! Meu Deus, um minuto é quanto basta! É simplesmente um dado adquirido, todos nós sabemos. Temos o tal "minuto de silêncio", "o minuto verde da RTP" e o livro “Um minuto para mim” do Dr.Spencer Johson, que passo a citar: “Temos diariamente uma quantidade enorme de minutos para fazer as nossas vidas felizes. Mas se nós começarmos a olhar demasiado para o relógio, perdemos tempo com o mundo sério que se esconde por trás dos ponteiros negros do círculo que marca o compasso dos nossos passos.”
Sim, à meia-noite dá-se o desastre...o mundo que por uns instantes até parecia bonito, afinal não é assim tão belo! Mas não precisamos de dois minutos, três ou meia-hora até, para nos apercebermos que podemos ser diferentes ou agir de outra forma. Se conseguirmos encontrar um minuto para respirar fundo, relaxar, beber um chá, acalmar, tentar encontrar uma certa paz interior em nós e compreender porque estamos tão irritados...talvez possamos perceber porque fazemos as coisas que fazemos e de que forma é possível a mudança.
Não, claro que não é fácil...mas sinceramente, todo sabemos que é possível!