sexta-feira, 11 de abril de 2008

Há Lugares Mágicos!

Pelo mundo viajei e mil maravilhas encontrei, mas só no Coração de Portugal a minha alma ressuscitei!

...Saudade é uma palavra que só em nós atinge o verdadeiro significado.

Antes de entrar para a Universidade, decidi parar durante um ano, comprometida a explorar e a conhecer o mundo – e o mundo meus senhores, é grande e belo! Repleto de histórias autênticas que exigem serem contadas e recontadas...existe um mundo maravilhoso lá fora, pronto para nos abrir os horizontes e nos mostrar as potencialidades e a grandiosidade que cada cultura tem para oferecer...e existem algures - pessoas, seres fantásticos que jamais haveríamos de encontrar em nenhum outro lugar. Contudo, apesar de toda essa excelência e fausto, a nada se poderá alguma vez igualar o ilustre sentimento de pertença e as memórias e histórias que fazem de Portugal um país maior.

Esta é a razão pela qual não é necessário ir a muito longe, para encontrarmos lugares também eles repletos de uma exuberância e rejúbilo tal que inflama e não acalma... Sintra, por exemplo, é certamente um daqueles lugares que tem e sempre terá o seu belo encanto, a magia que simplesmente se instala e perdura, que nos exalta e enriquece:




Conhecer Sintra é saber reconhecer milagres:




































Fotos tiradas na Quinta Da Regaleira:
















A fotografia em baixo que tirei da árvore, também na quinta da Regaleira, é absolutamente excepcional pelo facto de me fazer lembrar a Avó willow, a árvore falante do desenho animado da Disney Pocahontas - quando a imaginação não falta:





Gosto particularmente desta imagem, pela expressão e simbolismo que dela transborda! A ânsia eterna e suave transcendência de súplica pelo retorno dos grandiosos Heróis do Mar!

A doce vitória e terrível tragédia que se fundem e nos prendem ao oceano, despertando em nós o tal desejo de querer estar ao pé dele, comtemplá-lo e venerá-lo! Chorar e abraçá-lo!


Um pouco mais a sul do país, eis que se ergue também uma das nossas mais belas relíquias da época antiga, um local que só por ele nos enfeitiça e nos prende à Terra:

"Évora é uma cidade branca como uma ermida.Convergem para ela os caminhos da planície como oresto da esperança dos homens. E como a uma ermida,quem a habita é o silêncio dos séculos do descampadoem redor. Conheço, dos seus espectros, a vertigem daseras, a noite medieva ainda nas ruas que se escondempelos cantos, nas pedras cor do tempo ouço umatropelo de vozes seculares".
Vergílio Ferreira - Carta ao Futuro


















Templo de Diana:





















Capela dos Ossos:


Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos...

O nome das coisas

Bom meus caros, claro que não me refiro ao livro da Sophia de Mello Breyner, claro que não! Refiro-me pois, à nossa habilidade, tal como já havia abordado num post anterior “Dias típicos de seres iguais a mim”, de darmos os nomes às coisas. Que nesse aspecto, parece que somos simplesmente geniais - somos o nº 1. Ainda há pouco tempo enquanto ia numa vigem de carro com a minha família dei por mim a ter uma daquelas conversas dos tempos antigos com o meu Pai. Fiquei plenamente surpreendida quando ouvi dizer que havia um homem lá na sua terrinha que se chamava “João morrendo das dores”! Fiquei tão curiosa, que logo fui verificar se era comum nomes estranhos como aquele – e descobri que em Portugal existem vários. Basta darem uma vista de olhos no título do texto de um blog: O Joaquim Rita tem Caspa.
E pronto, não é preciso ser nenhuma estudante de psicologia para entender o impacto catastrófico que um nome destes teria em alguém, para além de todas as suas consequências psicológicas e até mesmo do foro social. Claramente, um pontapé valente no centro de toda a sua auto-estima ou integridade. Já não basta não podermos escolher as nossas famílias e ainda somos forçados a levar com um nome estranho em cima? Mas que diabo, não teremos nós direito ao nosso próprio nome?
Bom, mas claro que nem tudo é negro, há os que gostam! E quer dizer, até estamos a fazer alguns progressos, ao menos não nos chamamos todos, como à uns bons tempos atrás, de Maria e José...
Ok mas pessoal, vamos lá...sei que queremos ser originais, mas a que custo?! Julgo que tenhamos talvez, subestimado e de que maneira, a influência do poder das palavras. Dar nomes às coisas é atribuir uma forma, um conteúdo, uma auto-imagem...porque acima de tudo o nome evoca, sugere e constrói a identidade da própria pessoa. Já para não falar de toda a componente emocional e simbólica que acarreta. Quando queremos chamar por um nome, queremos sentir que nos pertence e que o próprio nome nos ajuda a definirmo-nos a nós próprios.
Não que tenha algo contra nomes estranhos, há alguns que até são giros, mas estou claramente a falar daqueles que não se suporta nem se imagina!
Quando ouvir alguém a gritar pelo meu nome, quero que digam: Sílvia, sílvia e não: Finólila Piaubilina, Finólila Piaubilina
É por isso que tanto adoro shakespeare, ele sabe mesmo como usar as palavras e acima de tudo a escolher os nomes que utiliza, este excerto é claro um dos meus preferidos:


"Quem é Sílvia? O que ela oculta
em si, pois tudo a exalta?
Ela é pura, bela, culta
e, como não tem falta,
qualquer moço, ao vê-la, exulta.

Será doce como é bela?
Beleza inclui doçura.
Cego, o Amor, tão logo apela
a seu olhar, se cura
e hoje habita os olhos dela.

Louvemos Sílvia, senhores,
porque Sílvia supera
quanto vive, até os melhores
mortais aqui da Terra,
e coroêmo-la de flores."


Trecho de " Dois Cavalheiros de Verona" - Meu Deus, como sabe bem ao ego, embora confesse que se trate mais de um puro narcisismo do qual por vezes todos nós necessitamos. Porque só aprendendo a gostar de nós próprios é que poderemos realmente vir a apreciar na sua plenitude aquilo nos rodeia!

Mas por exemplo, ficaria no entanto tudo arruinado, se por ventura o nome por ele escolhido fosse a de: “Ursa”, como a de uma placa que belo dia encontrei quando fui visitar o Cabo da Roca:



Portugal está repleto de sítios belos e fantásticos e nós temos simplesmente a lata de dar nomes como este para dignificar ainda mais o nosso país, não é?! Ou então adoramo simplesmente nos enterter e ser gozados! E nisso - Somos o nº 1!

domingo, 6 de abril de 2008

Ser ou não ser, agora e não depois!

“O monge e filósofo budista vietnamita, Thich Nhat Hanh, escreve sobre como apreciar uma boa chávena de chá. Temos que estar totalmente despertos no presente para apreciar o chá. Apenas com a consciência no presente, as nossas mãos podem sentir o agradável calor da chávena. Apenas no presente podemos apreciar o aroma, sentir a doçura e saborear a delicadeza. Se estamos a remoer sobre o passado ou preocupados com o futuro, perderemos por completo a experiência de apreciar a chávena de chá. Olharemos para a chávena, e o chá terá já terminado.
a vida é assim. Se não estamos totalmente no presente, quando olharmos à nossa volta este terá desaparecido. Teremos perdido a sensação, o aroma, a delicadeza e a beleza da vida. Parecerá ter passado a correr por nós.
O passado terminou. Aprendamos com ele e deixemo-lo ir. O futuro ainda não está aqui. Planeemos, sim, mas não gastemos o tempo a preocuparmo-nos com ele. A preocupação é uma perda de tempo. Quando pararmos de remoer sobre o que já aconteceu, quando pararmos de nos preocupar com o que poderá nunca vir a acontecer, então estaremos no momento presente. Só então começaremos a experimentar a alegria de viver.”

Excerto retirado do livro "Só o amor é real" do Dr. Brian Weiss